Poeira das Estrelas

Poeira das Estrelas

quarta-feira, 17 de agosto de 2011


Por ser uma doença tão incompreendida é que muitos evitam falar.
Quem não experimentou, não sabe o que significa não ter forças emocionais para abrir a janela para ver o sol.
O depressivo busca refúgio no isolamento, ele não se sente abandonado, abandona-se, desiste de si, de uma certa forma.
Há pessoas que choram seu destino, mas ao depressivo isso não acontece, pois se chora é porque não consegue ver destino, nem bom, nem ruim, apenas um vazio instalado a alguns metros dos seus olhos.
Falta vontade pra levantar, pra andar, pra sair, pra viver... a única vontade que sobra é a de dormir, pois esta não pede esforço, não exige ajuda e não obriga ninguém a enfrentar o dia.
Na depressão só as lágrimas são companheiras, pois vêem sozinhas e ficam juntas sem tentar consolar e sem fazer perguntas ou exigências. Elas ficam, simplesmente, presentes.
Que a vida é bela eu sei! Ela é bela para quem ri e para quem chora, para quem espera e para quem desespera. Ela é bela quando é noite, quando é dia, quando a chuva canta na janela e os ventos assobiam estranhas canções.
Mas a beleza da vida não é atrativo bastante para encher uma alma de querer, para injetar nela a vida e novas perspectivas. É preciso mais, muito mais que a luz do dia ou a suavidade de uma flor para dar a uma pessoa o desejo de se levantar e recomeçar o caminho.
É difícil buscar forças quando já utilizamos todas as reservas possíveis, mas é exatamente esse o momento de dirigir-nos a Deus, pois se nossas forças físicas parecem mortas, nosso pensamento está bem vivo.
E é quando abandonamos completamente nosso desejo ao desejo de Deus que nos tornamos mais fortes.
Que o depressivo não pense que chegou ao fim do caminho, ele apenas fez uma parada. Há ainda muita estrada pela frente, novas perspectivas e novos horizontes.
Quando Deus toma a direção das nossas vidas é que as janelas começam a se abrir, que nosso coração bate um pouco mais apressado e começamos a encontrar as soluções para o que antes parecia perdido.
Podemos atravessar a dolorosa estrada da depressão, mas chegaremos ao fim dela, pois se sozinhos nos sentimos, sós já não estamos.
A vida continua linda, continua bela.
E se já não sabemos mais olhar, Deus nos ensina como abrir os olhos.
Pense nisso...
Muita paz!

terça-feira, 16 de agosto de 2011



Conta uma lenda dos índios Sioux, que uma vez,
Touro Bravo, um jovem guerreiro, e Nuvem Azul,
a filha do cacique, chegaram de mãos dadas,
até a tenda do velho feiticeiro da tribo...
- Nós nos amamos... e vamos nos casar, disse o jovem.
Nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã...
alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos...
que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte.
Há algo que possamos fazer?
E o velho emocionado ao vê-los tão jovens,
tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada...
Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia,
e apenas com uma rede e tuas mãos,
deves caçar o falcão mais vigoroso do monte... e trazê-lo aqui com vida,
até o terceiro dia depois da lua cheia.
E tu, Touro Bravo ,continuou o feiticeiro ,deves escalar a montanha do trono,
e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias,
e somente com as tuas mãos e uma rede,
deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva.
Os jovens abraçaram-se com ternura,
e logo partiram para cumprir a missão recomendada...
no dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro,
os dois esperavam com as aves dentro de um saco.
O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos...
e viu eram verdadeiramente formosos exemplares...
- E agora o que faremos? perguntou o jovem
- Agora,disse o feiticeiro, apanhem as aves,
e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro...
quando as tiverem amarradas,
soltem-nas, para que voem livres...
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado,
e soltaram as aves...
A águia e o falcão,
tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno.
Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo,
as aves arremessavam-se entre si,
bicando-se até se machucar.
E o velho disse:
- Jamais esqueçam o que estão vendo... este é o meu conselho.
Vocês são como a águia e o falcão... se estiverem amarrados um ao outro,
ainda que por amor,
não só viverão arrastando-se,
como também, cedo ou tarde,
começarão a machucar-se um ao outro...
Se quiserem que o amor entre vocês perdure... voem juntos... mas jamais amarrados.


Extraído do livro
O Poder da Solução
de
ROBERTO SHINYASHIKI

quinta-feira, 11 de agosto de 2011



Se olharmos pra trás veremos quantas coisas deixamos de fazer. Coisas que havíamos nos prometido e que acreditávamos sinceramente na realização. Por motivos vários nos negamos certas coisas. Gostaríamos sim de ir aqui ou ali, tomar essa ou aquela decisão, mas não vivendo isolados, acabamos por nos deixar levar pelo que os outros pensariam de nós. Buscamos coragem para muitas coisas no nosso interior, mas é no nosso exterior que essa coragem se destrói. Pesam os julgamentos, que eles sejam falsos ou justificados. Assim, damos passos para trás na nossa felicidade e no bem estar que a vida nos oferece como uma segunda chance.

Olhar para os lados nunca foi solução quando nos encontramos num impasse. O olhar dos outros, o que vão pensar ou dizer são estorvos no nosso caminho, porque a maioria das pessoas e mesmo grande parte delas, se importam pouco ou nada com a nossa felicidade. Mas Deus se importa e por essa razão mesmo não nos condena. Entre agradar aos homens e agradar a Deus é mil vezes preferível agradar a Deus. E Ele somente conhece nossas veias, nosso coração, nosso âmago e nossos sentimentos. Os homens nos aprisionam com seus julgamentos. Somente Deus, com muito amor, é que pode nos libertar.
 Mesmo se milhões de homens dizem que não podemos, se Cristo disser: "vocês podem" então todos os caminhos estarão abertos. Mas é preciso que aprendamos a nos libertar de todas as coisas que nos impedem de caminhar.

O olhar dos outros - assunto talvez corriqueiro, mas que impede muito nossa felicidade. E Deus nos ama o bastante para querer ver-nos felizes.

O olhar dos outros

© Letícia Thompson

O olhar das outras pessoas são mãos pesadas nos nossos ombros. Quanto não deixamos de fazer por causa de supostos ou verdadeiros julgamentos alheios?
A sociedade impõe modos e comportamentos que nem sempre são aqueles que condizem com o que somos, com o que desejamos ou mesmo precisamos para nosso equilíbrio pessoal.
Não voamos, não ousamos, não vamos além, não plantamos e tão pouco colhemos não porque é o que queremos, mas porque pensamos que é o que esperam de nós. Vivemos de uma falsa liberdade que nos limita.
Muitos "sim" nos contrariam para não contrariar outros, muitos "não" chegam simplesmente para confortar outros enquanto nossa alma dói. Vivemos da aparência do que esperam de nós e nosso eu fica guardado e ressentido porque muitas vezes ele queria simplesmente gritar que ele é ele e ponto final.
Vamos assim seguindo a maré da vida.
Jesus também suportou o olhar dos outros. Mas com a diferença de que para Ele importava muito mais o olhar dAquele que O havia enviado. A morte na cruz era algo terrivelmente humilhante, porém havia algo muito maior e superior à vergonha de ser pregado numa cruz: agradar acima de tudo e por tudo Aquele que com amor nos formou.
Nos importamos muito menos com o olhar de Deus que com o olhar dos homens. Portanto, enquanto os homens nos condenam, Deus nos absolve sem fazer perguntas.
Ele nos torna livres e se Suas mãos se pousam sobre nossos ombros é para nos abraçar.
Pense nisso...

quinta-feira, 28 de julho de 2011


 © Letícia Thompson

Quando você der alguma coisa, faça isso de coração, nunca porque você espera que amanhã vai receber algo em troca.
Disso a vida se encarrega.
Quando amar, ame intensamente; quando der uma esmola, faça e se esqueça; quando perdoar, perdoe.
Os gestos que não são acompanhados por um sincero sentimento no coração são vazios e inúteis:
Deus não os recebe.
Os pequenos gestos, mas que são tudo o que você pode dar, acompanhados da alegria de ofertar,
são recebidos com grandes festas pelos anjos.
Ninguém compra felicidade, ninguém compra bênçãos; essas coisas são simples retornos dos nossos atos.
Da mesma maneira como regamos as flores que enfeitam nosso jardim ou nossa casa,
Deus rega nossas vidas quando enfeitamos a vida de alguém.
Bens materiais a gente gasta e deixam de existir. O bem que fazemos pra alma dura eternamente. 
Quando investimos na felicidade dos outros, sem saber estamos investindo na nossa própria felicidade.
A bondade é uma dádiva que todos recebem. Só que uns descobrem e outros não; uns utilizam e outros não.
Isso faz uma grande diferença entre as pessoas. 
Se você acha que é pobre demais para oferecer algo ao próximo é porque ainda não percebeu que tempo é realmente dinheiro,
a riqueza que é seu sorriso, o valor que tem sua oração e o calor que pode emanar do seu corpo num abraço amigo e sincero.